A perícia médica do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia em caráter eletivo para tratamento. O laudo foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os peritos, houve piora progressiva do quadro, possivelmente causada pelo aumento da pressão abdominal decorrente de crises frequentes de soluço e tosse crônica. Exames recentes, incluindo ultrassonografia realizada em 14 de dezembro, confirmaram o diagnóstico.
Apesar da indicação cirúrgica, a perícia destacou que não há urgência ou emergência, já que não foram constatados sinais de encarceramento ou estrangulamento das hérnias.
Os peritos também analisaram os soluços persistentes do ex-presidente e consideraram tecnicamente pertinente o bloqueio do nervo frênico, recomendando que o procedimento seja feito o quanto antes para evitar agravamento do quadro clínico.
A defesa de Bolsonaro afirmou ao STF que o estado de saúde do ex-presidente é grave e progressivamente debilitado, citando dores e desconforto intensificados pelas crises de soluço.


