Campanha incentiva passageiros a denunciarem casos de abuso sexual nos ônibus de Porto Alegre
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Foto: Alex Rocha/PMPA

Campanha incentiva passageiros a denunciarem casos de abuso sexual nos ônibus de Porto Alegre

Veículos do transporte coletivo terão cartazes com telefones de denúncia.

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A partir desta segunda-feira (3), os ônibus de Porto Alegre terão cartazes com números de contato da Brigada Militar e Polícia Civil para denúncias de assédio e abuso sexual nos coletivos. A campanha, intitulada “No ônibus o abuso não passa livre”, é uma iniciativa da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) em parceria com a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP). A ideia é incentivar vítimas e testemunhas a não se calarem, reforçando que esse tipo de conduta é crime.

Os cartazes serão veiculados por pelo menos três meses, mas a ATP pretende prolongar a campanha por meio da afixação de adesivos nas janelas dos ônibus. Qualquer cidadão pode denunciar esse tipo de comportamento, dentro ou fora do transporte coletivo, recorrendo aos telefones 180 (Disque Denúncia), 190 (Brigada Militar), 197 (Polícia Civil) ou 153 (Guarda Municipal).

Paulo Ramires, diretor-presidente da EPTC, enfatiza que não será tolerado qualquer comportamento que possa colocar em risco a dignidade e a segurança dos usuários do transporte coletivo. Segundo Tula Vardaramatos, presidente da ATP, a campanha não impede o cometimento de abusos, mas a intenção é garantir que esses crimes não passem impunes e que todos reflitam sobre a importância de denunciá-los, contando com informações sobre canais oficiais destinados a essa finalidade.

Essa não é a primeira vez que Porto Alegre promove uma campanha contra o assédio nos transportes públicos. Em 2017, a ATP e a EPTC aproveitaram o Dia Internacional Contra a Violência de Gênero para afixar em todos os ônibus locais uma série de cartazes com números do disque-denúncia e a frase “Meu corpo não é público! Assédio sexual é crime”. Na ocasião, a iniciativa prosseguiu até o Dia dos Direitos Humanos e incluiu ações educativas na Central de Atendimento do cartão Tri, no Centro Histórico. Dados da época já apontavam Porto Alegre como a quarta capital brasileira no ranking de registros de abusos cometidos dentro de veículos do transporte coletivo.

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