Teve início na manhã desta terça-feira (16), em Novo Hamburgo, o júri popular da mulher acusada de matar a própria filha, uma menina de 7 anos. O julgamento ocorre no Salão do Júri do Foro da Comarca e mobiliza atenção de autoridades, imprensa e da comunidade local devido à gravidade e à repercussão do crime.
A sessão começou por volta das 9h e é presidida pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Novo Hamburgo. Sete jurados foram sorteados para compor o Conselho de Sentença, responsável por decidir se a ré será condenada ou absolvida das acusações apresentadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).
Crime ocorreu em agosto de 2024
O caso remonta ao dia 9 de agosto de 2024. De acordo com a investigação policial, a criança foi morta com diversos golpes de faca dentro do apartamento onde morava com a mãe, no Centro da cidade. Após o ataque, a menina foi encontrada já sem vida na escadaria do prédio. A mãe foi presa em flagrante no local.
Desde então, a acusada permanece à disposição da Justiça, aguardando o julgamento. O crime causou comoção em Novo Hamburgo e teve ampla repercussão em todo o Rio Grande do Sul.
Acusação aponta homicídio qualificado
Segundo a denúncia do MPRS, a mulher responde por homicídio qualificado. Entre as qualificadoras apontadas estão o motivo torpe, o meio cruel e o recurso que dificultou a defesa da vítima, além da condição de vulnerabilidade da criança. A acusação sustenta que o crime teria sido cometido em contexto de conflito familiar.
Durante o júri, o Ministério Público apresentará provas, laudos periciais e depoimentos de testemunhas para sustentar a tese acusatória. A defesa, por sua vez, também terá espaço para expor sua versão dos fatos, questionar as provas e apresentar argumentos em favor da ré.
Dinâmica do julgamento
O julgamento segue o rito tradicional do Tribunal do Júri, com oitiva de testemunhas, interrogatório da acusada, debates entre acusação e defesa e, por fim, a votação dos jurados. A expectativa do Judiciário é de que a sessão se estenda ao longo do dia, podendo avançar para a noite.
Ao final, caberá ao Conselho de Sentença decidir pela condenação ou absolvição. Em caso de condenação, o juiz fixará a pena conforme a decisão dos jurados e as qualificadoras reconhecidas.



