A Vigilância Epidemiológica de Porto Alegre registrou 514 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os moradores da Capital até 15 de abril. Os principais vírus detectados foram o Sars-cov-2 (novo coronavírus) e a Influenza A H3N2. Dentro desse total, 209 casos estão sob investigação, 258 resultaram em cura e 47 levaram ao óbito, sendo 31 deles relacionados à Covid-19. Esses dados foram divulgados no boletim de vigilância de vírus respiratórios 2/24 pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta segunda-feira, 22.
O boletim abrange informações sobre Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), monitorando os vírus de interesse em saúde pública através dos casos ambulatoriais de SG notificados no sistema Sivep-Gripe Sentinela e no E-SUS Notifica. Além disso, apresenta análises de SRAG internados notificados no Sivep-Gripe, incluindo dados sobre casos ambulatoriais de Covid-19.
Em relação aos casos ambulatoriais de Covid-19, foram registrados 4.218 casos suspeitos até 15 de abril, entre os residentes de Porto Alegre. A taxa de letalidade para os casos de SRAG, considerando todas as classificações finais, foi de 9,3% no período analisado, sendo a letalidade mais alta para SRAG por Covid-19, atingindo 25% dos casos, seguida por SRAG por Influenza e SRAG não especificada.
A enfermeira Jana Ferrer, chefe da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Diretoria de Vigilância em Saúde (EVDT/DVS/SMS), enfatiza que a SRAG é uma síndrome gripal que evolui para um quadro grave com comprometimento pulmonar e necessidade de hospitalização, sendo os principais agentes virais os subtipos da Influenza, A e B, Vírus Sincicial Respiratório e SARS-COV-2 (o coronavírus).
O boletim também oferece acesso ao painel de dados públicos sobre condições respiratórias em Porto Alegre, conhecido como BI das doenças respiratórias. A diretora da Vigilância em Saúde da SMS, Evelise Tarouco da Rocha, explica que a ferramenta engloba dados sobre SRAG e internações gerais por condições respiratórias, possibilitando consultar as principais doenças que resultam em internações por causas respiratórias na cidade, os serviços envolvidos e a proporção de internações por condições respiratórias em relação ao total de internações em cada faixa etária. O BI está disponível no site da PMPA.
*Com a informação PMPA