Outubro é o mês de conscientização sobre a urticária, uma das doenças de pele mais comuns e ainda cercada de dúvidas. Caracterizada por manchas e elevações avermelhadas acompanhadas de coceira intensa, a condição pode surgir de forma súbita e desaparecer em poucas horas, retornando em outras partes do corpo.
Segundo o dermatologista e professor da UFRGS, Dr. Renan Bonamigo, a urticária aguda pode ter diversas causas, como alergias, uso de medicamentos, infecções e determinados alimentos.
“Embora a maioria dos casos seja autolimitada, a urticária pode se tornar crônica, exigindo acompanhamento especializado e investigação detalhada para identificar a origem do problema”, explica.
O especialista destaca que o entendimento sobre a doença vem evoluindo com os avanços na fisiopatologia e o surgimento de novas terapias. “Revisitar o raciocínio clínico é essencial. Sem diagnóstico preciso, o tratamento adequado se torna mais difícil. A anamnese e o exame físico ainda são nossas principais ferramentas”, afirma.
Bonamigo também alerta para os casos em que há angioedema de mucosas, situação grave que pode representar uma emergência médica.
A diferenciação entre urticária aguda e crônica é o primeiro passo na avaliação clínica. “Nas formas crônicas, é importante observar se há estímulos físicos, como variações de temperatura. Quando não há causa identificada, trata-se possivelmente da urticária crônica espontânea, de base imunológica e com impacto significativo na qualidade de vida”, completa o médico.
Profissionais alertam que, mesmo quando transitória, a urticária interfere no bem-estar e na rotina do paciente. O diagnóstico e o tratamento corretos são essenciais para evitar recorrências e preservar a qualidade de vida.
Em caso de suspeita, procure um dermatologista.



