Após um final de semana ensolarado, um novo ciclone extratropical está previsto para se formar próximo à costa do Rio Grande do Sul. Diferentemente dos últimos eventos, esse ciclone não trará ventos fortes, reduzindo o risco de estragos pelo Estado. No entanto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de potencial de perigo para algumas regiões.
O ciclone começará a se formar a partir de uma área de baixa pressão que já está atuando no Uruguai. Entre segunda (24) e terça-feira (25), algumas cidades da metade sul do Estado podem enfrentar aumento da chuva e do vento. As previsões indicam que municípios das regiões Central, Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Região Metropolitana podem ser afetados. À medida que essa frente fria avança, outras regiões também enfrentarão áreas de instabilidade.
O Inmet alerta para a possibilidade de chuvas entre 20 e 30 mm/h, podendo chegar a 50 mm/dia, e ventos intensos com rajadas de 40 a 60 km/h, mas com baixo risco de alagamentos e descargas elétricas. De acordo com o meteorologista Henrique Repinaldo, do Centro de Pesquisa e Previsões Meteorológicas (CPPMET) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em algumas cidades as chuvas podem ser mais intensas.
Na capital Porto Alegre, a média histórica de chuvas em julho é de 163 mm. No entanto, neste ano, o Inmet registrou uma precipitação acumulada de apenas 97,7 mm até o momento. Com a chegada dessa frente fria, a chuva na cidade deve iniciar na noite desta segunda-feira e persistir até quarta-feira, mas os acumulados não devem ultrapassar 40 mm.
Embora não se espere um forte impacto na costa, o ciclone deverá agitar consideravelmente o mar. A Marinha do Brasil emitiu três avisos de mau tempo, alertando para a possibilidade de ressaca entre Rio Grande e Mostardas, no litoral sul do Estado, e para ventos fortes no mar entre Chuí e Florianópolis, em Santa Catarina. Esses avisos são válidos até sexta-feira (28).
Na quinta-feira (27), o ciclone, que deve se formar no oceano e afastado da costa, começará a se distanciar ainda mais do Estado. Com o afastamento do fenômeno, a tendência é que as áreas de instabilidade diminuam e o tempo volte a ficar firme, com temperaturas mais amenas.
O ciclone extratropical é uma ocorrência comum no inverno, caracterizada por uma área de baixa pressão atmosférica formada a partir de grandes contrastes de temperatura. Esses sistemas meteorológicos são frequentes na costa do sul e do sudeste do Brasil, podendo ocorrer em qualquer época do ano, mas são mais comuns nos meses de outono e inverno.



