São Lourenço do Sul, na região Sul do Estado, enfrenta uma grave situação devido às fortes chuvas dos últimos dias. Segundo o prefeito Zelmute Marten, a cidade precisou decretar calamidade pública ainda na manhã deste sábado, diante dos impactos registrados. Nas últimas 24 horas, a precipitação ultrapassou 200mm, e o acumulado na cidade e no interior se aproxima de 300mm.
Mais de 2 mil residências foram atingidas, deixando inúmeras pessoas desalojadas. Algumas famílias buscaram abrigo junto a parentes e amigos, enquanto 17 moradores estão em um abrigo emergencial na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, aberto na madrugada deste sábado.
O decreto de calamidade pública será publicado ainda hoje, permitindo ações emergenciais para atender a população afetada.
Equipes da Defesa Civil Municipal e da Administração permanecem em plantão permanente, monitorando as áreas mais atingidas e prestando atendimento às famílias. A Defesa Civil Estadual deve reforçar os trabalhos ainda neste sábado, enquanto a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros atuam intensamente no resgate e apoio desde a madrugada.
De acordo com o prefeito, o volume de água concentra-se na zona rural, região mais alta da cidade. “O problema é que a água leva em média oito horas para chegar à zona urbana, o que fez com que o arroio São Lourenço transbordasse, causando a inundação”, explica. Ele destacou que alertou a população por volta das 21h e passou a madrugada auxiliando as famílias. O bairro Lomba é apontado como o mais afetado até o momento.
Em Pinheiro Machado, as chuvas provocaram o submerso de quatro pontes, localizadas em Passo D’Areia, Estação, Passo dos Pires e Passo do Coelho. A situação já foi normalizada, e para a tarde deste sábado está previsto o conserto de dois bueiros no Assentamento Pinheiro Machado. Estradas rurais também foram prejudicadas, mas a prefeitura intensifica os trabalhos para minimizar os impactos.
Na Fronteira com o Uruguai, em Jaguarão, o nível do rio Jaguarão subiu, mas não causou transtornos. Pela manhã, a água começou a escoar lentamente em direção à Lagoa dos Patos, e o monitoramento segue constante.
