Os impactos do ciclone extratropical que se formou entre o Paraguai e a Argentina e avançou pelo Brasil continuam sendo sentidos na Serra gaúcha, especialmente em Flores da Cunha, onde o interior do município sofreu os maiores danos. A comunidade de Alfredo Chaves, na zona rural, foi a área mais castigada pelo vento forte e pela intensa instabilidade climática.
Cerca de 50 casas tiveram os telhados arrancados, e aproximadamente 5 mil moradores seguem sem energia elétrica. O fornecimento de internet e telefonia também continua interrompido. A prefeitura informou que equipes municipais, Defesa Civil e demais setores de atendimento estão atuando em conjunto com a RGE para tentar restabelecer o serviço o mais rápido possível. Apesar dos estragos significativos, não há registro de vítimas.

Entre os prejuízos estruturais, uma igreja centenária teve parte do telhado arrancado, um ginásio esportivo acabou completamente destruído e grandes pipas de armazenamento de vinho tombaram com a força do vento.
Além de Flores da Cunha, outras 11 cidades confirmaram ocorrências à Defesa Civil estadual até as 9h30 desta terça-feira (9). São elas: Antônio Prado, Barão, Estrela, Farroupilha, Gentil, Lajeado, Nova Pádua, Pinto Bandeira, São Vendelino, Taquari e Teutônia.
Ainda há aviso de “grande perigo” para diferentes regiões do estado, incluindo Serra, Sul, Norte, Região Central e Metropolitana de Porto Alegre.
O ciclone deve seguir em direção ao oceano, porém ainda deixa o tempo fechado e com muita nebulosidade sobre o Rio Grande do Sul. No Litoral, a situação segue de atenção redobrada, com previsão de mar agitado e ondas que podem alcançar até 2,5 metros, aumentando o risco de ressaca.



