Uma nova e deslumbrante chuva de meteoros está prevista para abrilhantar os céus do hemisfério sul na próxima semana, alcançando seu auge na terça-feira, entre 5h e 9h30 pelo horário de Brasília. A descoberta foi revelada pelo meteorologista Jeremie Vaubaillon, do Observatório de Paris, na França, e foi publicada em um artigo na revista de pré-impressão arXiv.
Essa chuva de meteoros, provavelmente derivada do cometa 46P/Wirtanen, conhecido como Cometa do Natal, terá sua origem nas partículas deixadas pelo cometa. Com um diâmetro estimado em 1,2 km e um período orbital de 5,4 anos, o cometa passou relativamente perto da Terra em dezembro de 2018, a uma distância aproximada de 11 milhões de km, cerca de trinta vezes a distância até a Lua.
No entanto, as observações desse fenômeno serão um desafio devido à baixa velocidade de entrada e ao tamanho relativamente pequeno dos meteoroides na Terra, o que impactará a visibilidade no Brasil. Os locais privilegiados para apreciar esse espetáculo serão a Austrália, Indonésia e Nova Zelândia, conforme indicado no artigo. Apesar disso, os entusiastas de meteoros são encorajados a realizar observações científicas e enviar relatórios para a Organização Internacional de Meteoros (IMO).
Além disso, o universo reserva outros eventos fascinantes para os observadores celestes neste mês. As Geminídeas e as Úrsidas, duas chuvas de meteoros distintas, também estarão presentes nos céus. Originadas de diferentes corpos celestes, essas chuvas prometem encantar com sua luminosidade e cores características. Enquanto as Geminídeas são provenientes do asteroide 3200 Faetonte, as Úrsidas têm origem no cometa 8P/Tuttle, proporcionando espetáculos distintos com suas constelações de referência e taxas variadas de meteoros por hora.
Esses eventos celestes oferecem um vislumbre fascinante do universo, permitindo que os observadores testemunhem a entrada de objetos celestes na atmosfera terrestre, transformando-se em belos rastros luminosos, popularmente conhecidos como estrelas cadentes.



