Uma mulher de 55 anos foi condenada a três anos e três meses de reclusão, em primeira instância, por ter fingido ser filha de um militar morto na 2ª Guerra Mundial para receber pensão. Ela lucrou R$ 4 milhões em 30 anos, pois o benefício começou a ser recebido quando ela ainda tinha 15 anos de idade.
O caso foi julgado pela Justiça Militar da União, em Campo Grande (MS) e além da prisão ela terá que devolver à União os valores recebidos. A defesa da mulher recorreu ao STM (Superior Tribunal Militar) que ainda não tem data para analisar o caso. De acordo com a denúncia do Ministério Público Militar, o esquema foi arquitetado pela irmã do militar, que ao perceber que a pensão do irmão seria extinta quando ele morresse por ele não ter tido filhos, teve a ideia de registrar a neta, à época com 15 anos, como filha do veterano. A condenada por receber pensão como filha do militar morto era, na verdade, sobrinha-neta dele. Os valores recebidos eram divididos entre as duas. O esquema durou entre 17 de outubro de 1988 até 31 de maio de 2022.
A fraude só foi descoberta porque a avó estava descontente com o valor que era repassado pela neta. Em 2021, a idosa registrou uma ocorrência na Polícia Civil e informou ao Exército sobre o golpe. Em depoimento, a mulher confessou a falsificação dos documentos e que sabia que não tinha direito à pensão. Ela foi denunciada por estelionato. A avó morreu antes que o inquérito fosse finalizado.
Agora, o caso é analisado pelo STM.



