Mark Lemley, advogado que representava a Meta em um caso de direitos autorais sobre IA generativa, anunciou que não prestará mais serviços à empresa. A decisão veio após Mark Zuckerberg, CEO da Meta, implementar mudanças polêmicas na moderação de conteúdo e fazer declarações controversas.
Lemley publicou no Bluesky que demitiu a Meta como cliente, mesmo considerando que a empresa tem argumentos válidos na disputa sobre IA generativa. Ele afirmou que não pode continuar a representar a companhia “de boa consciência” devido ao que chamou de “machismo tóxico e loucura neonazista”.
Além de romper com a Meta, Lemley desativou sua conta no Threads e recomendou o Bluesky como alternativa ao X, de Elon Musk. O advogado também declarou que não comprará produtos anunciados no Facebook ou Instagram, com o objetivo de evitar que a plataforma receba crédito financeiro.
As mudanças da Meta incluem o fim da checagem de fatos no Facebook e Instagram, substituída por um sistema de notas de comunidade. Especialistas criticaram as alterações, alertando para o risco de aumento de desinformação e discurso de ódio.
Veja a declaração completa de Mark Lemley:
Eu tenho lutado com a forma de responder à descida de Mark Zuckerberg e do Facebook para o machismo tóxico e a loucura neonazista. Embora tenha pensado em abandonar o Facebook, encontro grande valor nas conexões e amigos que tenho aqui, e não parece justo que eu deva perder isso.
Após refletir, decidi continuar no Facebook. Mas estou fazendo as seguintes três coisas:
Desativei minha conta no Threads. O Bluesky é uma alternativa excelente ao Twitter, e a última coisa que preciso é apoiar um site parecido com o Twitter administrado por um aspirante a Musk.
Não comprarei mais nada dos anúncios que vejo no Facebook ou Instagram. O algoritmo deles já tem meu número, e eu regularmente comprei coisas que me mostram. Mas, no futuro, irei diretamente ao site para garantir que o Facebook não receba crédito pela compra.
Demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais sobre IA generativa, na qual os representei, e espero que vençam, não posso, de boa consciência, continuar a ser o advogado deles.
Com a informação G1.



