Picada de aranha-armadeira provoca ereção de até duas horas e intriga cientistas – Notícias
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Foto: Léo Rodrigues/Agência Brasil

Picada de aranha-armadeira provoca ereção de até duas horas e intriga cientistas

Apesar de perigoso, veneno do aracnídeo desperta interesse da indústria farmacêutica para tratamento da impotência

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Conhecida por sua agressividade e veneno potente, a aranha-armadeira tem chamado a atenção da comunidade científica por um efeito colateral curioso: sua picada pode provocar uma ereção dolorosa que dura até duas horas. Essa reação extrema é causada por uma toxina presente no veneno do animal e, embora represente risco à saúde, tem sido estudada como possível base para tratamentos contra a impotência sexual. A mesma toxina, no entanto, pode desencadear sintomas graves como vômitos, sudorese intensa, inchaço e, em casos mais graves, edema pulmonar, podendo ser fatal sem assistência médica rápida.

O gênero Phoneutria, que abriga nove espécies conhecidas como aranhas-armadeiras, é nativo da América do Sul e tem ampla presença no Brasil. Com corpo marrom-avermelhado e patas que chegam a 15 centímetros, esses aracnídeos não constroem teias e são noturnos. A maioria dos acidentes com humanos acontece quando o animal se sente ameaçado e adota sua típica posição de defesa, levantando as patas dianteiras antes de atacar — geralmente atingindo mãos, braços ou pernas.

Apesar da baixa taxa de mortalidade — menos de 0,02% dos casos —, as aranhas-armadeiras estão entre as principais causadoras de acidentes no país. Entre 2017 e 2021, foram registrados cerca de 23 mil incidentes, segundo o Ministério da Saúde. As regiões Norte, Sudeste e Sul concentram a maior parte das ocorrências, muitas vezes causadas pela entrada desses animais em residências à procura de abrigo.

O biólogo Allan Pscheidt, da FMU, ressalta que as aranhas desempenham um papel importante no controle de insetos e no equilíbrio ambiental. Ele orienta cuidados simples para evitar acidentes, como manter os ambientes limpos, checar calçados e frestas, e nunca tentar manipular os animais. Caso haja picada, a recomendação é buscar atendimento médico imediatamente e, se possível, levar o animal capturado para facilitar o diagnóstico e tratamento.

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