O governo português começará a notificar cerca de 18 mil imigrantes em situação irregular para que deixem o país. A ação atinge pessoas cujos pedidos de residência foram negados pela AIMA, sendo que 4.574 imigrantes já começarão a ser avisados a partir da próxima semana. O grupo terá um prazo de 20 dias para sair de Portugal, sob pena de expulsão coercitiva.
Segundo o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, a maioria das recusas envolve cidadãos de países asiáticos como Índia, Nepal e Bangladesh, mas também há brasileiros afetados. Os motivos variam desde a falta de documentação legal até antecedentes criminais ou permanência irregular no país europeu.
O presidente do sindicato da AIMA, Artur Girão, destacou que os imigrantes podem entrar com recurso, mas o prazo para saída continuará valendo. A AIMA apenas notifica os imigrantes, sendo que a execução de prisões e deportações ficará a cargo das forças policiais, caso a ordem não seja cumprida voluntariamente.
A decisão ocorre em um momento delicado da política portuguesa, poucos dias antes das eleições parlamentares, previstas para 18 de maio. O país contabiliza mais de 110 mil processos migratórios ainda não resolvidos, e o governo busca acelerar a regularização ou expulsão de estrangeiros em situação irregular.
