Na província de San Luis, Argentina, uma mulher recebeu por erro de sistema uma transferência de mais de 500 milhões de pesos, equivalente a R$ 2,4 milhões, enquanto esperava apenas o valor rotineiro de 8 mil pesos. Verónica Acosta usou a quantia em apenas um dia, comprando eletrodomésticos, um carro e realizando diversas transferências bancárias.
O caso ocorreu em 6 de maio e envolveu 66 movimentações financeiras. Parte do dinheiro foi distribuída a cinco familiares, que agora respondem judicialmente com Acosta por crimes contra o Estado. A Justiça já bloqueou contas e carteiras digitais e conseguiu recuperar a maior parte do valor.
O Ministério Público estabeleceu fiança de 30 milhões de pesos argentinos para evitar prisão preventiva. A defesa sustenta que os acusados são inocentes e que a responsabilidade é do próprio Estado. Segundo Acosta, ela acreditava que o valor seria de 500 mil pesos, mas ao ver o montante pensou ser “um presente de Deus”.
A situação gerou ampla repercussão e serviu de alerta também para brasileiros. De acordo com o Código Penal Brasileiro, utilizar recursos transferidos por engano sem devolução pode configurar crime de apropriação indébita, com consequências penais e civis.



