No último domingo (4), Donald Trump causou controvérsia ao divulgar uma imagem gerada por inteligência artificial onde aparece com vestimentas papais, sentado em um trono, e com o dedo apontado. A publicação ocorreu poucos dias após o funeral do Papa Francisco e antecede o conclave marcado para o dia 7 de maio, responsável por eleger o próximo líder da Igreja Católica.
A imagem foi veiculada inicialmente na Truth Social e, em seguida, compartilhada no perfil oficial da Casa Branca na rede X. Trump, em tom de brincadeira, declarou interesse simbólico em se tornar papa, mencionando o cardeal Timothy Dolan como alternativa “muito boa” para o cargo. A fala e a imagem repercutiram negativamente.
Líderes católicos e políticos criticaram a atitude. A Conferência Episcopal de Nova York publicou uma nota de repúdio, enquanto o Vaticano manteve silêncio. O ex-premiê italiano Matteo Renzi usou as redes sociais para condenar a publicação, afirmando que ela desrespeita fiéis e instituições religiosas.
A atitude dividiu apoiadores. Enquanto alguns conservadores minimizaram a situação, outros demonstraram desconforto com o teor da publicação. Especialistas apontam que o episódio reabre discussões sobre os impactos da inteligência artificial no discurso político e os desafios éticos impostos pela disseminação de conteúdos manipulados em redes sociais.