Um estudo internacional publicado na revista Nature Aging revelou um novo teste genético que pode prever o tempo de vida com base na metilação do DNA. A análise, feita a partir de amostras de sangue ou saliva, permite estimar a capacidade intrínseca (CI) – indicador essencial do estado funcional de uma pessoa e ligado diretamente à longevidade.
A capacidade intrínseca, conforme definida pela Organização Mundial da Saúde, representa o somatório das funções físicas e mentais que permitem o bem-estar ao longo da vida. A pesquisa, realizada com dados de 1.014 pessoas entre 20 e 102 anos, elaborou uma pontuação com base em cinco dimensões: locomoção, cognição, vitalidade, aspectos sensoriais e saúde psicológica.
O teste DNAm CI identifica marcadores epigenéticos que controlam a ativação dos genes ao longo do tempo. Alterações nesses padrões estão ligadas a doenças degenerativas e ao envelhecimento precoce. A nova metodologia mostrou que indivíduos com altos níveis de CI genético têm maior resistência imunológica e são menos propensos a desenvolver condições crônicas como hipertensão e insuficiência cardíaca.
Pessoas com maiores índices de CI genético apresentaram uma expectativa de vida média 5,5 anos superior às que registraram baixos níveis.



