A difteria, doença bacteriana grave e altamente contagiosa, voltou a causar alarme na Europa após um aumento expressivo de casos. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), foram confirmadas 234 infecções desde janeiro de 2023. O maior risco atinge pessoas não vacinadas, especialmente crianças, migrantes e indivíduos em situação de vulnerabilidade social.
Com sintomas que incluem febre, dor de garganta e uma membrana espessa acinzentada na garganta, a doença pode evoluir para um quadro grave conhecido como “pescoço de touro”, quando há inchaço acentuado no pescoço que compromete a respiração. A bactéria também pode afetar a pele, formando úlceras e bolhas de grande proporção.
O alerta se intensificou após a Europa registrar 320 casos em 2022, superando a média de 21 por ano observada entre 2009 e 2020. Alemanha, Áustria, Reino Unido, França e Suíça estão entre os países com maior incidência. A maioria das ocorrências está relacionada a grupos migrantes que podem ter sido expostos à bactéria durante deslocamentos.
A transmissão ocorre por via aérea, através de tosse, espirros ou objetos contaminados. As autoridades destacam que a vacinação, disponível desde os anos 1950, é a forma mais eficaz de prevenção. Embora o risco à população em geral seja considerado baixo, o ECDC alerta que é fundamental intensificar campanhas de conscientização e garantir o acesso à imunização.



