Pesquisa do CIEE-RS aponta a Cultura como "passaporte" para o sucesso profissional
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Foto: Imagem Ilustrativa / Divulgação / Thiele Elissa

Pesquisa do CIEE-RS aponta a Cultura como “passaporte” para o sucesso profissional

Pesquisa do CIEE-RS, em parceria com a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, destaca a cultura como fator estratégico para o desenvolvimento profissional

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Quando um jovem se conecta com a arte, algo muda em sua forma de pensar, sentir e agir. Mais que uma atividade de lazer, a cultura é uma poderosa aliada no desenvolvimento de competências essenciais à atuação profissional.

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (CIEE-RS), em parceria com a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, comprova essa percepção: para a maioria dos jovens e empresas, o acesso a este meio de formação educacional é um diferencial decisivo para seu crescimento.

“Nossa pesquisa mostra que 90% dos jovens reconhecem o acesso à cultura como um fator determinante para o seu desenvolvimento profissional. Isso confirma que iniciativas como o Teatro CIEE-RS Banrisul têm um papel estratégico na formação de competências fundamentais — como comunicação, criatividade e empatia — tão valorizadas no mercado de trabalho”, destaca Lucas Baldisserotto, CEO do CIEE-RS.

O levantamento foi realizado entre março e maio de 2025, em meio ao período da mostra, que aconteceu entre 27 de março e 1º de junho, por meio de formulário on-line com perguntas fechadas, totalizando 444 participantes. A maior parte (88,26%) é composta por jovens aprendizes, estagiários e estudantes em busca de oportunidades de desenvolvimento.

Os demais 11,74% são empresários ou representantes de empresas, o que amplia a perspectiva da pesquisa ao incluir o olhar de quem está diretamente envolvido na geração de oportunidades no mercado.

Cultura como ferramenta de desenvolvimento

Os dados reforçam a relação direta entre vivência cultural e evolução profissional. Além da expressiva concordância sobre a importância da cultura, a pesquisa revelou que 71% dos jovens gostariam de ter mais acesso gratuito ou subsidiado a atividades culturais.
No entanto, 60% afirmaram nunca ter visitado a Bienal do Mercosul, apontando como principais barreiras a falta de recursos financeiros (28%) e de tempo (27%).

“A 14ª Bienal do Mercosul, trouxe o tema ‘Estalo’, e com essa equipe curatorial, liderada por Raphael Fonseca, conseguimos reafirmar nosso compromisso de conectar arte e educação de forma gratuita e inclusiva. Queremos esse movimento que atravessa o corpo, a cidade e a sociedade — inspire os jovens a perceberem a cultura como catalisadora de sua transformação pessoal e profissional. Perceber com essa pesquisa do CIEE-RS que isso de fato acontece, é muito estimilante”, ressalta Carmen Ferrão, presidente da Fundação Bienal do Mercosul – pela segunda edição da mostra.

Mesmo com algumas limitações, os jovens demonstram um alto consumo cultural. As manifestações mais citadas incluem música (26%), literatura (16%), cinema (16%), documentários e podcasts (14%) e dança (12%). Eles reconhecem que esse contato fortalece habilidades essenciais como: comunicação (22%), criatividade (22%), pensamento crítico (19%), empatia (18%) e autoconfiança (17%).

Empresariado reconhece o valor estratégico da cultura

A pesquisa também trouxe à tona percepções importantes do lado empresarial. Metade dos representantes de empresas afirma estar disposta a firmar parcerias com eventos culturais voltados ao desenvolvimento de seus colaboradores.

As habilidades mais valorizadas pelas organizações, e que estão diretamente associadas ao consumo cultural, incluem: trabalho em equipe (20%), comunicação (19%), criatividade (18%), sensibilidade (15%) e iniciativa (14%). Essa correlação indica que os empregadores reconhecem a cultura não apenas como um instrumento de formação humana, mas também como uma alavanca de performance no ambiente corporativo.

Contudo, assim como os jovens, os empregadores também enfrentam barreiras de acesso à cultura. Entre os principais obstáculos estão: falta de tempo (26%), recursos financeiros (26%) e incompatibilidade entre a programação cultural e os interesses ou rotinas dos colaboradores (25% e 23%, respectivamente).

A pesquisa evidencia que o acesso à cultura vai muito além do entretenimento. Trata-se de uma ponte para o desenvolvimento social e profissional, capaz de ampliar repertórios, desenvolver competências, promover a inclusão e fortalecer o protagonismo juvenil.

Para os jovens, ela representa formação e novas perspectivas. Para as empresas, é uma oportunidade de investir no desenvolvimento humano com impactos diretos na inovação, no clima organizacional e na retenção de talentos. Ao enxergarem a cultura como parte integrante de suas estratégias, os empresários abrem espaço para uma atuação mais sensível, criativa e conectada com os desafios contemporâneos do trabalho e da sociedade.

“A parceria do CIEE-RS foi mais uma vez fundamental para a Fundação de Artes Visuais do Mercosul. Juntos, viabilizamos mais de 100 jovens estagiários para a mediação da mostra, que esteve presente em 18 locais da Região Metropolitana, trazendo 77 artistas de mais de 30 países e atingiu um público recorde de quase 900 mil visitantes, em 800 agendamentos escolares guiados”, ressalta Adriano Naves de Brito, diretor-executivo da entidade.

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