O designer e pesquisador forense Cícero Moraes lançou luz sobre um dos maiores enigmas religiosos do mundo: a origem da imagem presente no Santo Sudário. Através de uma abordagem inédita com simulações digitais 3D, o brasileiro aponta que a figura impressa no pano sagrado não se originou do corpo de um homem, como se acreditava, mas de um objeto artístico moldado.

Utilizando softwares de código aberto, Moraes comparou os padrões de deformação ao aplicar um tecido sobre um corpo humano e sobre um baixo-relevo esculpido. A análise revelou que a imagem no Sudário é muito mais consistente com a projeção de uma superfície plana do que com o contorno de um corpo tridimensional, levantando novas hipóteses sobre a verdadeira origem da relíquia.


Apesar de críticas do Centro Internacional de Estudos sobre o Sudário, que questiona a validade das simulações, o artigo foi publicado na prestigiada revista científica Archaeometry e se tornou rapidamente um dos mais comentados da plataforma Altmetric. Para Moraes, a intenção não é invalidar crenças, mas contribuir com uma análise técnica baseada em evidências digitais.



