Café de cocô realmente é mais gostoso: cientistas explicam o que diferencia esta iguaria
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Foto: Freepik

Café de cocô realmente é mais gostoso: cientistas explicam o que diferencia esta iguaria

Estudo publicado na Scientific Reports identifica diferenças na composição química dos grãos que passam pelo sistema digestivo das civetas; xícara pode custar até R$ 400.

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Uma pesquisa publicada no periódico Scientific Reports investiga as características que diferenciam o café kopi luwak, uma das bebidas mais caras do mundo. Produzido a partir de grãos extraídos das fezes da civeta, um mamífero do sul e sudeste asiático, o produto pode atingir o valor de R$ 400 por xícara.

O estudo analisou as alterações químicas nos grãos que passam pelo trato digestivo do animal. De acordo com os pesquisadores, o processo resulta no aumento do teor de gordura e na maior concentração de certos compostos aromáticos, o que contribui para um sabor considerado único.

A pesquisa identificou níveis mais elevados de dois ésteres metílicos de ácidos graxos específicos no kopi luwak: o éster metílico do ácido caprílico e o éster metílico do ácido cáprico. Os grãos também apresentaram redução nos teores de proteína e cafeína em comparação com os cafés tradicionais, o que pode explicar seu sabor menos amargo.

Os cientistas ressaltam que o mecanismo exato de fermentação no sistema digestivo das civetas ainda não é totalmente compreendido. Estudos anteriores sugeriram o envolvimento da bactéria Gluconobacter, encontrada nas fezes desses animais. A pesquisa atual é considerada preliminar, e os autores observam que a análise foi feita com grãos não torrados, etapa que poderia alterar ainda mais o sabor final da bebida.

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