Quatro trabalhadores que foram submetidos a regime análogo à escravidão durante a ditadura civil‑militar, nas décadas de 1970 e 1980, ingressaram com ações individuais contra a Volkswagen do Brasil. Os processos tramitam na Vara do Trabalho de Redenção, no TRT8, e cada vítima solicita R$ 1 milhão por danos morais e R$ 1 milhão por danos existenciais.
As ações sucedem uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que pede R$ 165 milhões em indenização coletiva, além de retratação pública e criação de protocolos de fiscalização. A companhia foi condenada em agosto, mas recorreu da decisão.
O caso ocorreu na Fazenda Vale do Rio Cristalino, em Santana do Araguaia (PA), pertencente à subsidiária CVRC. O Ministério dos Direitos Humanos destacou que a propriedade, com cerca de 140 mil hectares, recebeu incentivos fiscais e recursos públicos para criação de gado, acentuando a responsabilidade institucional da empresa.
A denúncia foi documentada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que acompanha o processo até hoje. Os trabalhadores foram aliciados por intermediários, conhecidos como “gatos”, com promessas de boa remuneração para derrubar árvores e formar pastagens.
Agência Brasil.



